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quinta-feira, 8 de março de 2012


( Andrea Cecilia Ramal )

Aluna: Luciene de Souza Moura Pires

RESUMO:
Nas culturas que não conheciam a escrita, a transmissão da história se dava através das narrativas orais: o narrador relatava as experiências passadas a ouvintes que participavam do mesmo contexto comunicacional. Era uma espécie de história encarnada nas pessoas: quando os mais velhos morriam, apagavam-se dados irrecuperáveis pelo grupo social. O saber e a inteligência praticamente se identificavam com a memória, em especial a auditiva; o mito funcionava como estratégia para garantir a preservação de crenças e valores. O tempo era concebido como um movimento cíclico, num horizonte de eterno retorno.
O texto fala por si mesmo. O distanciamento possibilitado pela grafia permite o registro das experiências e das hipóteses, o conhecimento especulativo, o documentário de comprovações, a compilação de teorias e paradigmas.
A possibilidade de tratamento objetivo dos fatos e das experiências advinda da escrita traz, por outro lado, a desconfiança quanto ao efetivo entendimento das mensagens. Esta dualidade se reflete numa pressão em direção à universalidade e à objetividade. Passamos da revelação à decifração, como se o mundo fosse um livro a ser lido e interpretado. O saber está distanciado, disponível e maleável para a leitura, o estudo e a avaliação de outros sujeitos.
A escola se entende a partir das categorias próprias da cultura escrita: sua organização se faz sobre o conhecimento objetivo dos fatos, seu currículo se estrutura em função de saberes que pretendem funcionar como verdades permanentes, absolutas e universais, independentemente do contexto. Também assim se dá a relação com os textos, que falam por si mesmos: cabe ao aluno-leitor descobrir “o que o autor quis dizer”, evitando a recriação, entendida como desvio do sentido original e “puro”.
“...imitar a sabedoria dos matemáticos, estabelecendo desde o início as definições de nossas palavras e termos, para que outros possam saber como os aceitamos e entendemos, e decidir se concordam ou não conosco” (apud Hacking, 1999).
O conhecimento escolar da cultura letrada se estruturou como as páginas de um livro: linear, encadeado e segmentado. Num livro é difícil, mesmo incômodo, consultar dois trechos de páginas diferentes ao mesmo tempo: na escola também. É preciso passar primeiro pelo pré-requisito, e só depois ver o seguinte.
A cibercultura
A conexão simultânea dos atores da comunicação a uma mesma rede traz uma relação totalmente nova com os conceitos de contexto, espaço e temporalidade. Do horizonte do eterno retorno das narrativas, e da linearidade das culturas letradas, passamos a uma percepção do tempo, mais do que como linhas, como pontos ou segmentos da imensa rede pela qual nos movimentamos. Vivemos num ritmo de velocidade pura; como afirma Lévy (1993), não há horizonte, nem ponto-limite, um "fim" no término da linha. Ao contrário, vivemos uma fragmentação do tempo, numa série de presentes ininterruptos, que não se sobrepõem uns aos outros, como páginas de um livro, mas existem simultaneamente, em tempo real, com intensidades múltiplas que variam de acordo com o momento. Enquanto na era da escrita o mote é "construir o futuro",
O hipertexto é subversivo na relação entre autor e leitor. O cursor do mouse está presente no texto do monitor, como um sinal concreto de que, no momento em que desejarmos, oderemos invadi-lo, reescrever seus caminhos, optar por outras vias. Subverte-se, por inerência, a noção de autoria.
O hipertexto é subversivo até com relação à postura física do leitor. Do livro de rolo, que não permitia ler, comparar e fazer anotações ao mesmo tempo, já que o leitor devia segurá-lo com ambas as mãos para poder correr o texto, ao livro encadernado, que permite virar as páginas, mas sempre em seqüência, uma após outra (e nunca uma e outra), passamos a um texto totalmente maleável. Poderá não ter, e isso é certo, os encantos do papel ou do pergaminho; mas nos permite a visibilidade das janelas, a abertura das múltiplas caixas de texto, os recursos de cortar e colar fragmentos, a infinidade de dobras caleidoscópicas.
Além disso, deveremos rever nossos currículos. A linearidade dará lugar ao hipertextual, ao móvel e flexível. A escola estruturalista dos saberes prontos, definidos, acabados e descontextualizados será desestabilizada pelo descentramento, pela contínua produção e negociação de sentidos e de novos discursos, pelas construções abertas e as paisagens inusitadas. Os conteúdos deixarão de se percorrer como páginas de um livro, para se tornarem janelas de um hipertexto, em múltiplas dimensões que se interconectam e interpenetram. As janelas abertas deixarão entrar luzes imprevistas.
Acredito na possibilidade de que o hipertexto contemporâneo – construído na soma de muitas mãos, e aberto para todos os links e sentidos possíveis -seja uma versão dessa polifonia que Bakhtin procurava; e na escola, uma possibilidade para construir uma sala de aula aberta à pluralidade de vozes, à construção coletiva, à partilha das interpretações, à democracia da palavra. Para isso, será necessário reentender a palavra, a escrita e o texto como unidades discursivas que só encontram sua completude no processo dialógico, e reconstruir o processo educativo como um acontecimento de interação de consciências. A escola da cibercultura pode tornar-se o espaço de todas as vozes, todas as falas e todos os textos. O desafio mais instigante é o do professor, que pode finalmente reinventar-se como alguém que vem dialogar e criar as condições necessárias para que todas as vozes sejam ouvidas e cresçam juntas.

terça-feira, 6 de março de 2012

Texto: Comunicação Educativa no Ciberespaço: Utilizando Interfaces gratuitas.
Aluna:  Vanúsia Meira da Silva

Alexandra Lilavati Pereira Okada e Edmea Oliveira dos Santos, as tecnologias digitais de comunicação e informação estão possibilitando muitas mudanças, qualquer usuáriopode não só trocar informações rapidamente , mas reconstruir significados, rearticular ideias individualmente e coletivamente, e assim, partilhar novos sentidos, socializar saberes e compartilhar novos consensos com todos os usuários da rede.Esta configuração dinâmica e específica em cada instante é o que caracteriza o ambiente virtual de aprendizagem como um organismo vivo, um ecossistema colaborativo e interdependente. Artefatos gratuitos favorecem o crescimento acelerado de homepages e de sites na internet, surgimento de muitos portais de ensino, comunidades de aprendizagem, cidades virtuaisdo conhecimento, cidadania eletrônica em muitos lugares do mundo, possibilitam que todos os aprendizes construam os seus próprios ambientes de aprendizagem e proporciona maior flexibilidade, autonomia e mais conhecimento sobre os recursos técnicos. Para os autores o primeiro ponto bem relevante para a configuração de ambientes virtuais de aprendizagem é o design simples e fácil, a simplicidade do layout, que facilita a aprendizagem e de sentir-se capaz e à vontade para navegar e habitar o espaço virtual. Considerando a diversidade da web, eles destacam a estética como um fator primordial para um ambiente agradável e atraente. A estética é um caminho desencadeador de um fenômeno de contágio, compreende a escolha dasinterfaces , o design, a cor, as imagens, símbolos, sons, animações, a disposição do conteúdo, as opções disponíveis em cada página, conexões internas e externas, o mapeamento do espaço virtual. Para compor a estética é importante: Um ambiente não poluído de informações, boa navegabilidade, design harmonioso, padronização suficiente para reconhecer as páginas que fazem parte do ambientee as que não  fazem . Além da estética é fundamental a contextualização, que possibilita: compreender as circunstâncias no qual o ambiente foi criado e as suas futuras transformações, compartilhar o significado entre participantes internos e externos, construir aidentidade do ambiente,    conhecer um pouco mais uns aos outros  identificar elementos comuns que permitam uns se identificar com os outros sejam indivíduos ou grupos. O grande desafio da mediação pedagógica é gerenciar a complexidade entre os elementos e os feixes de interações. Sobreo papel do mediador pedagógico nos ambientes virtuais, eles destacam como relevante: acompanhar as mudanças, detectar o contexto dos alunos, atualizar constantemente o ambiente para que as intenções coletivas e individuais sejam alcançadas, incentivar o questionamento, a troca de comentários, de informações, críticas e argumentos, garantir a socialização das informações, dos objetivos e das intencionalidades, respeitar o ritmo do aluno, oferecer suporte, apoio e retorno constante, estimular a vontade e o desejo dos participantes, propiciar oportunidades para que os pontos em comum possam emergir entre as pessoas, que a linguagem seja incorporada com o viver. E pode contribuir para apoiar e facilitar os sujeitos (indivíduo ou grupo) a se auto- organizarem continuamente.  

Alexandra Lilavati Pereira Okada
Colégio Dante Alighieri e Universidade Católica PUC- SP
Edmea Oliveira dos Santos
Universidade Federal da Bahia- UFBA
Mea2@uol.com.br











Resumo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ferro a brasa


Antigamente, como não tinha energia elétrica em muitos lugares, usava-se os Ferros de passar roupa, que pesam quase dois quilos cada, e dentro colocava-se a brasa, de carvão vegetal.



 

Hoje viraram peça de decoração e de coleção, mas muitos ainda o usam onde não há energia elétrica!
 
O Tamanho é 20 cm de altura, 20 cm de comprimento, e na parte traseira, 11 centímetros.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

PILÃO

O pilão é um utensílio culinário essencial na cozinha africana, com as mesmas funções de um almofariz, ou seja, para moer alimentos, mas de tamanho muito maior.


É normalmente feito de um tronco escavado, geralmente de uma madeira macia, com dimensões que variam entre 30 a 70 cm de altura, e utiliza-se colocando dentro o material a moer e batendo-lhe com um pau liso de 60 cm a 1,2 m (de acordo com o tamanho do pilão), que pode ser de uma madeira mais rija e tem uma das extremidades arredondada, chamado o “pau do pilão”.
O pilão é utilizado nas religiões tradicionais africanas, religiões afro-brasileiras, religiões afro-americanas, no assentamento e como insígnia de alguns orixás como Xangô, Ayrà, Oxaguian entre outros, usado também, para o preparo da comida ritual de vários orixás. 


O Pilão é também utilizado em alguns movimento culturais de raiz afro como a “chula do pilão”  onde os escravos cantavam ao redor dos pilões enquanto pilavam milho.
A chula do pilão é uma expressão rara feita por moradores da zona rural de Brumado.
Pilãozeiros da Comunidade Jacaré executando a Chula do Pilão, sob cobertura da TV Bahia. http://moderamovimento.wordpress.com

PANELA DE BARRO

As panelas de barro são os utensílios de cozinha mais antigos que existem. Praticamente todos os povos da terra em algum momento a utilizaram. Das panelas de barro, secas apenas ao calor ambiente, os povos passaram a cozê-las em fogueiras e fornos, daí surgindo a cerâmica.


No Nordeste, nas feiras populares, há grande comércio de panelas de barro artesanais.


Existem panelas de barro de diversos tamanhos e são utilizadas no preparo de diversos pratos, como a moqueca. Também é usual utilizar caldeirões de barro para servir feijoada.